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Confrontos em protesto a pedir regresso de reféns em Israel

por Lusa
Anadolu via AFP

Milhares de pessoas reuniram-se em Telavive a exigir que o Governo de Israel traga de volta os reféns ainda detidos na Faixa de Gaza, num protesto que terminou com confrontos com a polícia.

Alguns dos manifestantes que saíram às ruas do principal centro económico de Israel seguravam faixas com as palavras "Parem a guerra" e "Ajuda", enquanto pediam ao Governo que chegasse a um acordo com o grupo islamita palestiniano Hamas.

Em 07 de outubro, o Hamas lançou um ataque sem precedentes em solo israelita, no qual matou cerca de 1.200 pessoas e fez outras 250 reféns. Israel afirma que cerca de 100 reféns ainda estão detidos em Gaza, juntamente com os corpos de cerca de 30 outros.

Os manifestantes também pediram a demissão do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e exigiram novas eleições.

"Basicamente eles [as autoridades] não estão a fazer o suficiente para que os reféns voltem, seja com força militar, com [um] acordo de troca de reféns, ou negociando. Nada está a ser feito", disse Snir Dahan, tio de um refém ainda em cativeiro em Gaza.

Alguns manifestantes carregavam fotos de um grupo de mulheres, soldados israelitas, que terão sido raptadas em 07 de outubro, e que apareceram num vídeo divulgado pelo Hamas no início da semana.

"Todos vimos o vídeo, não podíamos ficar em casa depois do governo ter abandonado todas essas pessoas", disse Hilit Sagi, do grupo "Mulheres Protestam pelo Retorno de Todos os Reféns".

Também no sábado, o braço armado do Hamas afirmou ter feito prisioneiros soldados israelitas durante uma emboscada no sábado no campo de refugiados Jabalia, na Faixa de Gaza, algo desmentido pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).

As IDF estavam num túnel no campo de Jabalia e "todos os seus membros foram mortos, feridos ou feitos prisioneiros", disse o porta-voz do braço armado do Hamas.

Os militantes do grupo "apreenderam o seu equipamento militar" antes de "explodir o túnel", acrescentou Abou Obeida.

O movimento transmitiu um vídeo de um militar a ser arrastado para o chão e a ser apresentado como um soldado israelita capturado.

Num comunicado, as IDF garantiram "que não houve nenhum incidente em que um soldado tenha sido raptado", sem confirmar se houve militares mortos ou feridos.

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